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Gilmore Girls: Outono (spoilers)



Estava tudo lindo, estava tudo bem…

No último episódio, Outono, após todo aquele tempo desperdiçado com o show, estava tudo lindo e tudo bem.

A partir do momento que a Lorelai tomou a resolução, estava perfeito. Eu tive finalmente uma Lorelai apaixonada e se casando com o Luke, depois da declaração linda dele.

Eu tive a Emily sendo perfeita, forte e nada menos do que eu esperava.

Eu tive a Paris, que eu nem lembrava que gostava tanto, sendo a melhor parte do revival.

Eu tive o Jess, sendo maravilhoso, mesmo com tão pouco tempo em tela.

Eu tive o Kirk, com aquele fabuloso filme.

Mas eu não tive a Rory. Eu vi muitas pessoas elogiando a desconstrução dela, dizendo que agora ela era mais humana. Mas para mim, ela já tinha sido bastante desconstruída nas últimas temporadas, sendo uma sucessão de erros e instabilidades.

A Rory nunca foi emocionalmente estável, essa era a fraqueza dela. Mas intelectualmente, racionalmente, ela era incrível. Simplesmente destruíram o maior atributo dela. Temos uma Rory falida e sem perspectiva, um fracasso com 32 anos, que, além de tudo, tem um caso com um homem comprometido tão irresponsável quanto ela. Até o último minuto eu ainda tinha esperança de que as coisas se resolvessem, eu só queria um final fechado.

Mas não, ela simplesmente me solta nos últimos minutos um “Mãe, eu estou grávida”. Sério? Essas eram as 4 palavras?

Talvez tivesse feito sentido quando a Rory era mais jovem, mas agora?

Daí que sobre todas as coisas incríveis que recebi, também tive um tempo em excesso do Logan (sendo tão desprezível quanto a Rory) e um monte de planos abandonados. Porque basicamente a Rory fodeu com todas as opções que ela teve (nem o livro deu para ver terminado!).


Eu realmente espero que não continuem a série. Para mim já deu. Valeu a pena? Sim, foi ótimo ver Star Hollows novamente e chorar e rir (mais chorar) com a Lorelai e a Emily, mas as histórias delas foram muito bem encerradas e não tem mais nenhuma outra garota Gilmore que eu me importe.

Quando parei de odiar a Summer


Acho que eu tinha uns 18 anos quando assisti 500 dias com ela pela primeira vez. Eu odiei a Summer. Eles eram o casal principal do filme, deveriam ficar juntos. Simples assim. Detestei-a por não amar o cara suficiente, pela esperança que ele criou e por destruir as expectativas que ele criou.

Mas a questão é que ela não teve culpa de nada. Ela não iludiu o Tom. Ela nunca mentiu sobre seus sentimentos e se ela foi culpada por alguma coisa, foi por tentar. Foi ele que se excedeu e andou na frente, as expectativas eram dele a ilusão foi fruto da cabeça dele.

Acho que em algum momento todo mundo vai ser a Summer, talvez eu não tenha entendido na primeira porque eu era o Tom. Eu achei, de alguma forma, que ela tinha a obrigação de retribuir. Ninguém tem.

Mas quando você se torna a Summer é diferente. Você conhece essa pessoa legal com quem você pode se ver em um relacionamento e você tenta. Você tenta se apaixonar e se convencer que está tudo bem. Quem precisa de emoção?

Mas você não sente o que deveria. E você vê essa pessoa com todos os sonhos e expectativas encima de você e vem aquele sentimento de ser o pior ser humano. Mas aí você entende, você nunca mentiu, você tentou. E então percebe que toda essa decepção não pertence você, mas sim a todos os outros que sempre te ensinaram que você deve corresponder e sempre escolher a estabilidade.

É libertador saber que você pode desistir, que você pode buscar a própria felicidade que existem formas diferentes de futuro. Ninguém precisa se sacrificar por ninguém.


A Summer não teve culpa, ela era apenas humana e se no fim a sua pessoa certa não era o Tom, ao menos ela tentou e teve forca de buscar a própria felicidade.

Separando o profissional? Johnny Depp em Animais Fantásticos

Foi revelado ontem, que Johnny Depp interpretará o Grindewald nos fimes de Animais Fantásticos. Este Johnny Depp que, atualmente, está envolvido em uma polêmica sobre Violência doméstica.

Eu não sei o que aconteceu. Não sei se é culpado ou inocente.

Gostei da decisão? Não. Não acho que é o momento para colocar esse tipo de “mácula” numa franquia como Harry Potter, que, acima de tudo, prega o amor.

Mas a questão que tem me incomodado mais nem é essa na verdade.

O que mais me revolta são pessoas dizendo “Mas temos que separar o pessoal do profissional”, pessoas estas que já dão por certo que ele é um agressor, mas continuam pregando que “Você tem que entender que mesmo que ele tenha feito tudo isso, não tem nada a ver com o trabalho dele.”

Gente, se, veja bem, SE, ele de fato é um agressor, como se separa o pessoal do profissional?

Eu não gostaria de trabalhar com alguém que agride a esposa, ou vice e versa, com uma mulher que bate no marido. Acho que é uma falha de caráter muito grande. É um crime aliás. E o que me garante que alguém com tendências violentas não faça disso um hábito? Dá uma sensação de impunidade, algo como não importa o que a pessoa faça, isso não se misturará com qualquer outro aspecto da sua vida.

É só isso mesmo.

Lei do visto de oito meses na Irlanda


Quando decidi fazer o intercâmbio na Irlanda, uma coisa que me atraiu muito foi o visto de 1 ano.

Sempre quis morar fora e um ano me pareceu um tempo bom e durável, além de que haveria a possibilidade de renovação. O plano era estudar os 6 meses, trabalhar por uns 4 meses em full time e passar o resto do tempo viajando.

Até que algum tempo atrás, houve uma alteração na lei dos vistos (para não europeus) e, o que eram 6 meses de estudo + 6 meses de férias, se tornou 6 meses de estudo + 2 meses de férias.

Claro, isso me deu a maior brecada no meu objetivo, mas depois de ponderar bastante, achei que valia a pena, mesmo sendo apenas 8 meses. Mas isso é uma opinião minha, sei que para algumas pessoas desistiram do intercâmbio e buscaram um novo destino.

Minha agente de viagens explicou que isso é para estimular o estudo, porque, caso você queira ficar mais tempo, é só renovar o curso. O que acontece, é que com essa facilidade do intercâmbio, muitos migraram apenas para trabalhar.

E o que não mudou?


Os intercambistas ainda tem permissão para trabalhar legalmente na Irlanda. Nos 6 meses de estudos é permitido trabalhar até 20 horas semanais, sendo o salário mínimo em  8,65/hora e assim o estudante poderá se manter tranquilamente no pais. 

Já no período de férias, é permitido trabalhar 40 horas semanais, sendo nos períodos de 15 de Dezembro a 15 de Janeiro e de Maio a Agosto.


O visto poderá ser renovado após os 8 meses, desde que o estudante esteja matriculado em um curso e continue tendo em sua conta o valor mínimo de 3.000 euros, atualmente, o valor do visto e renovação é 300 euros.


Fazer um intercâmbio: Irlanda X EUA



Ano passado, larguei o inglês e decidi fazer um intercâmbio curto para aperfeiçoar.

Claro que minha primeira escolha foi Estados unidos. Decidi ir á Califórnia nas minhas férias, matriculada em um curso de Inglês. Decisão tomada.

Fiz toda a pesquisa, consultei agência de viagens e arrumei um amigo para ir comigo.

Até que um amigo me recomendou ir à Irlanda. Achei loucura, detesto frio e para mim, que estou acostumada a viver em São Paulo, achei que Dublin seria meio parada.

Mas aí vieram os pontos positivos que me fizeram mudar de opinião:

O valor de 6 meses de curso era quase o mesmo para 1 mês nos EUA. Peguei uma promoção muito boa de uma agência e, ainda que tenha outros gastos na Irlanda, creio que compense pelo que vou ter que levar daqui. E sim, pensando no que também gastarei por lá, esse fator tem um peso enorme na minha opinião.


Visto longo. Na Irlanda o visto é de 8 meses, e só é tirado lá. Ou seja, são 6 meses de curso e 2 de férias. Quando comecei a pesquisar, o visto era de 1 ano, mas a partir de outubro, essa lei será alterada. Ainda assim, 8 meses é um tempo significativo que, com certeza, melhorará muito o meu inglês.


Cultura. O país é muito antigo e com certeza tem uma história ampla com várias tradições, o que realmente adoro estudar. Mais do que isso, devido a dua acessibilidade, recebe intercambistas do mundo inteiro, só de pensar em todas as pessoas diferente a conhecer já dá aquela curiosidade empolgada.

Possibilidade de conhecer outros países Europeus. É, a Irlanda nunca teve grande atrativo para mim, mas ela me dá oportunidade de conhecer dois dos meus “top 5 lugares que quero visitar”: Inglaterra e Grécia. Ainda que nunca fui muito de Europa, amo Harry Potter, Doctor Who e mitologia grega, então não dá para perder a oportunidade.

Poder trabalhar meio período. Para conseguir o visto na Irlanda, é preciso ter 3.000 euros na conta, o fato de poder trabalhar para agregar mais algum dinheiro realmente vem a calhar, sem contar que por essas 4 horas por dia, na Irlanda se paga mais do que muitos estágios no Brasil.


 Foram esses pontos que me fizeram mudar de ideia e cada vez mais me empolgar com a Irlanda.

Sim, é um grande frio, um lugar aonde até poucos meses atrás eu nem cogitaria, não sei nada sobre a Irlanda além de que lá tem o St. Patrick’s day. Mas gosto de arriscar, e se nada der certo, não é como se eu ainda não tivesse muita vida para aproveitar.


Então decidi, dessa vez de verdade, com pacote fechado e tudo, que no ano que vem estarei fazendo meu intercâmbio na Irlanda.

Dica de série: Clipped

Sinopse: A história gira em torno de um grupo de amigos que seguiu cada um sua vida quando finalizaram a fase escolar. Seus sonhos não se tornaram realidade e eles foram obrigados a voltar a morar em Charlestown. Agora eles trabalham em uma barbearia de propriedade de Buzzy (George Wendt, de Cheers), um sujeito boa praça que adora conversar. Seu único problema é ser um jogador inveterado.
O grupo de amigos é formado pela recepcionista Joy (Lauren Lapkus, de Orange Is the New Black), uma eterna otimista; Danni (Ashley Tisdale, de Hellcats), Ben (Ryan Pinkston, de Tower Prep), Mo (Matt Cook), A.J. Salermo (Mike Castle) e Charmaine (Diona Reasonover).

Essa é uma daquelas series descompromissadas, bem leve para quando você não quer viver grandes emoções. Não prima pela grande originalidade ou pelo roteiro brilhante, mas cumpre a proposta de divertir.

A história já começa na barbearia, onde cada um dos funcionários tem a sua própria história de fracasso, mas continuam vivendo a vida de maneira engraçada. Tudo muda quando o dono da barbearia decide mandar um deles embora e deixa a decisão de quem aos próprios funcionários.

A questão é que todos tem um passado, já estudaram juntos e esses sentimentos antigos retornam nas tomadas de decisões.

Os destaques são Danni e Ben, que passaram a noite do baile juntos, e nunca houve mais do que isso. Ben era um jogador no colégio e por conta de uma lesão, teve que diminuir o ritmo, o que significou o fim de seu sonho.


Vemos que ainda há um clima entre os dois, mas por enquanto, nada foi explorado. Por ter visto apenas o piloto, não tenho nenhuma opinião profunda sobre ninguém, mas gostei do humor negro e das personalidades excêntricas, pontos que me farão continuar a assistir a série.

Assisti: Cinderela

Sinopse: “Após a trágica e inesperada morte do seu pai, Ella (Lily James) fica à mercê da sua terrível madrasta, Lady Tremaine (Cate Blanchett), e suas filhas Anastasia e Drisella. A jovem ganha o apelido de Cinderela e é obrigada a trabalhar como empregada na sua própria casa, mas continua otimista com a vida. Passeando na floresta, ela se encanta por um corajoso estranho (Richard Madden), sem desconfiar que ele é o príncipe do castelo. Cinderela recebe um convite para o grande baile e acredita que pode voltar a encontrar sua alma gêmea, mas seus planos vão por água abaixo quando a madrasta má rasga seu vestido. Agora, será preciso uma fada madrinha (Helena Bonham Carter) para mudar o seu destino...”




Ok, sei que faz tempo que esse filme lançou, mas só o vi agora.

Por quê?

Porque eu nunca gostei de Cinderela.

Simples assim, nunca gostei dessas princesas submissas e comem o pão que o diabo amassou e no fim são salvas por outra pessoa. Como se o final feliz não dependesse dela.

Eu gostava da Bela, da Mulan ou mesmo da Mégara, essas personagens que dizem “não” e tomam iniciativa. Então Cinderela, que se deixou abusar pela madrasta e viveu como uma serva na própria casa, realmente, nunca me cativou.

Mas eu gostei desse filme. Provavelmente o mérito foi do carisma da atriz, que mesmo em seus momentos de servidão, nunca me pareceu tão doce e conformada como se pressupõe que Cinderela deveria ser.

Foi realmente tocante o início do filme, quando conhecemos a mãe de cinderela e, essa introdução foi necessária para entendermos o porquê de esta personagem ser gentil como é.

A madrasta, interpretada pela Cate Blanchett é brilhante, longe de ser caricata, ela consegue nos revoltar e envolver ao mesmo tempo. Não vou falar das irmãs, porque não achei relevante.

E mesmo o envolvimento entre Ella e o Príncipe não ficou forçado, como sempre achei que fosse. Sim, aprendemos com Elsa que não devemos casar com um homem que acabamos de conhecer, mas neste caso, ficou natural, pois cada um realmente era o que o outro precisava.

O filme é rápido, sem nos dar tempo para o sentimento de revolta nos contaminar cada vez que Ella se dá mal. Logo que algo ruim acontece, aparece outra situação que nos dá esperança e impulsiona a continuar assistindo.

A história básica, todos já conhecem (spoiler):
- Ella tinha uma família feliz
- A mãe morre
- O pai casa novamente com a madrasta má (que tem duas filhas)
- O pai morre
- A madrasta fica realmente má
- A Ella vira serva
- Conhece o príncipe
- Vai para o baile
- Cinderela e o príncipe se apaixonam
- Ela tem que fugir a meia noite e deixa um sapato
- O príncipe sai calçando o sapato em todas as mulheres até achar Cinderela
- Se casam e são felizes para sempre.


Mas o filme tem o diferencial de te mostrar outras dimensões dos personagens, fazendo que a história pareça nova. Achei inspirador, divertido e com certeza redimiu Cinderela perante meus olhos.



Posso escolher mesmo? Tem certeza?

Tenho um amigo que me chamava de autoritária. Alguns namorados já me disseram que eu sou meio controladora, há alguns dias, me apontaram que eu parecia detestar andar atrás das pessoas.

Aí me deu um clique, e... É, mesmo que eu não perceba, eu sou meio geniosa.

O problema é que eu nunca tive paciência para esperar um “Você que sabe” se resolver.

Estamos no Cinema, “O que você quer ver?”, pergunto. “Você que sabe”, ele diz. Dou uma sugestão e ele concorda. “Aonde você quer comer?”, pergunto. “Aonde você quiser” e ele novamente acata minha opinião. E isso se repete várias vezes até que em algum momento ele diga “E quando vamos fazer alguma coisa que eu quero?”.

É isso. Uma rotina sem mostrar opiniões apenas concordando como se tudo tivesse bem para depois, só no fim, dizer que não estava.

Então por que não falou antes?

Algumas pessoas talvez precisem de insistência da parte de outros para dizerem o que querem, e tanto quanto isso seja normal, pode prejudicar as vidas dos dois lados. 

Eu adoro tomar decisões, então não me dê o poder. Não é por mal, mas quando alguém parece feliz quando me diz para escolher o que fazer, eu acredito que a pessoa quer mesmo saber a minha opinião e, quando ela concorda com o que digo é porque é o que ela quer.

Eu não costumo fazer o que eu não quero, mas se for muito importante para a outra pessoa, porque não ceder? Quantos filmes de carros eu já assisti ou em quantos restaurantes ruins eu já fui?  A questão é que eu expresso a minha opinião, e por conta disso, espero que os outros façam o mesmo. E aqui não é nem questão de sentimentos, porque isso é muito pessoal de cada um, é uma questão de gostos, mesmo.

Se você concorda com o que eu digo, é porque você quer, certo? Você não está esperando que eu insista muito ou que fiquemos naquela de “escolhe você”, “Não, você”, “Não, você...”, porque tenho que dizer, acho isso um grande desperdício de tempo.


Mas é isso, continuarei parecendo mandona quando alguém me disser “pode escolher”, sem estar sendo sincero.

Lista: Coisas que eu tinha vergonha de gostar

Semana passada teve show dos backstreet Boys na minha cidade. E, de repente, vi minha time line inundada de fotos sobre ele. Eu não cheguei a ser fã, porque ainda era criança quando eles saíram do auge, mas de repente bateu uma invejinha e pensei em como queria ir num show da Britney.

Deu aquela vontade de ser pré-adolescente novamente e gritar o nome dos meus ídolos (com uma faixa ridícula cheia de glitter na cabeça) enquanto faria aquelas coreografias no meio da multidão.
Porque eu nunca fiz esse tipo de coisa quando era mais jovem, morria de vergonha.

Eu fui uma adolescente roqueira, gostar de pop era uma heresia. Mas eu gostava.

Então era assim, eu ia fingindo que desprezava tudo que parecia simplesmente feliz ou bobo demais.

Uma das melhores coisas de ser adulta é que esses guilty pleasures deixam de te fazer sentir culpada, fica até engraçado, e ainda te fazem perceber que não era nada demais comparados com os seus novos segredos.

Aqui vai o meu top coisas das quais me envergonhava de gostar do passado:

Filmes da Disney Chanel

Todo mundo do meu grupo achava a coisa mais estúpida do mundo (ou mais alguém estava  fingindo como eu?). Eu amava a Gabriela, o Troy e principalmente a Sharpay. Sério. Fui ao cinema escondida ver High School Musical 3. E chorei como se não houvesse amanhã no final. Mas tudo bem porque depois veio mais aquele incrível filme Camp Rock, que me conquistou também


Novela Mexicana

Por que afinal eu tinha vergonha disso? Quem não ama a usurpadora ou qualquer Maria que a Thalía faça? Até hoje, considero o Fernando Colunga um dos homens mais gatos do mundo. Mas, naquela época, elas eram meio regularizadas e não levadas a sério (pera, acho que é um pouco assim hoje em dia também...).


Aquele menino que todas gostavam

Sim, eu também já tive uma queda  pelo popularzinho. Mas na minha cabeça, aquilo era tão fútil e previsível que me fazia ficar brava comigo mesma. Ele era alto, bonitão, do time de vôlei da escola, sempre tinha um bando de garotas em volta e ainda que nunca tenhamos conversado, eu consegui sentir alguma coisa pelo infeliz. Mas esse era um segredo guardado a sete Chaves.




Tererês, borboletas e presilhas coloridas

É legal quando você é criança e tal, mas eu continuava achando lindo. Então eu comprava esse monte de acessórios e nunca tinha coragem de usar, no final, acabei doando todos para as minhas primas, mas sei lá, acho que teria sido divertido apenas uma vez ter enchido meu cabelo de tererês e saído assim para fora da porta do meu quarto.


Britney

Sim, eu adorava Britney, mas nunca tive coragem de assumir. Pior, eu vivia em negação para mim mesma. Até, já no final da adolescência, arranjar um amigo gay que me fez sair do casulo e cantar Gimme More como se não houvesse amanhã. Foi bem nessa época que ela estava ressurgindo das cinzas, e tenho que dizer, que foi emocionante, dessa vez como fã assumida, vê-la voltando com tudo.



Aquele menino que ninguém gostava

Porque também já foi o contrário. Sabe aquele garoto zoado? Aquele que menina nenhuma está afim e que todas evitam. Aqueles que suas amigas dizem com aquela voz enjoadinha “Mas ele é feio demais para você...”. Sim, também, já estive afim de um desse.



Senso absolutamente e irrevogavelmente comum



Eu não consigo imaginar como é ser absolutamente e previsivelmente comum.

Quero dizer, como deve ser gostar apenas  de coisas comuns, sem nenhuma brecha?

Sempre acreditei que o inteiramente normal não existe. Que cada um tem alguma peculiaridade, algo diferente que vai contra o senso comum, aquela característica que nos faz únicos.

Recentemente, descobri que não é assim.

Alguns simplesmente se contentam com o óbvio. O que não é necessariamente ruim, só me parece meio chato.

É possível se contentar apenas com as músicas que tocam no rádio, ou apenas com as roupas que todos parecem usar ou mesmo com os filmes blockbuster.

Pensando bem, minha vida teria sido muito mais fácil se eu simplesmente não tivesse que procurar sites gringos para baixar filmes e livros ou se eu não tivesse insistido em pintar meu cabelo de azul na adolescência ou mesmo se eu tivesse dado bola para aquele cara perfeitamente simpático e agradável, em vez dos excêntricos que me parecem mais interessantes.

E nem é uma questão escolha, é só que em um momento, as coisas rotineiras enjoam.

Mas ainda assim, mesmo entendendo a lógica da facilidade de se apegar ao senso comum, acho que temos opções demais para nos restringirmos ao que está apenas em nossa frente.