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Quando parei de odiar a Summer


Acho que eu tinha uns 18 anos quando assisti 500 dias com ela pela primeira vez. Eu odiei a Summer. Eles eram o casal principal do filme, deveriam ficar juntos. Simples assim. Detestei-a por não amar o cara suficiente, pela esperança que ele criou e por destruir as expectativas que ele criou.

Mas a questão é que ela não teve culpa de nada. Ela não iludiu o Tom. Ela nunca mentiu sobre seus sentimentos e se ela foi culpada por alguma coisa, foi por tentar. Foi ele que se excedeu e andou na frente, as expectativas eram dele a ilusão foi fruto da cabeça dele.

Acho que em algum momento todo mundo vai ser a Summer, talvez eu não tenha entendido na primeira porque eu era o Tom. Eu achei, de alguma forma, que ela tinha a obrigação de retribuir. Ninguém tem.

Mas quando você se torna a Summer é diferente. Você conhece essa pessoa legal com quem você pode se ver em um relacionamento e você tenta. Você tenta se apaixonar e se convencer que está tudo bem. Quem precisa de emoção?

Mas você não sente o que deveria. E você vê essa pessoa com todos os sonhos e expectativas encima de você e vem aquele sentimento de ser o pior ser humano. Mas aí você entende, você nunca mentiu, você tentou. E então percebe que toda essa decepção não pertence você, mas sim a todos os outros que sempre te ensinaram que você deve corresponder e sempre escolher a estabilidade.

É libertador saber que você pode desistir, que você pode buscar a própria felicidade que existem formas diferentes de futuro. Ninguém precisa se sacrificar por ninguém.


A Summer não teve culpa, ela era apenas humana e se no fim a sua pessoa certa não era o Tom, ao menos ela tentou e teve forca de buscar a própria felicidade.

Separando o profissional? Johnny Depp em Animais Fantásticos

Foi revelado ontem, que Johnny Depp interpretará o Grindewald nos fimes de Animais Fantásticos. Este Johnny Depp que, atualmente, está envolvido em uma polêmica sobre Violência doméstica.

Eu não sei o que aconteceu. Não sei se é culpado ou inocente.

Gostei da decisão? Não. Não acho que é o momento para colocar esse tipo de “mácula” numa franquia como Harry Potter, que, acima de tudo, prega o amor.

Mas a questão que tem me incomodado mais nem é essa na verdade.

O que mais me revolta são pessoas dizendo “Mas temos que separar o pessoal do profissional”, pessoas estas que já dão por certo que ele é um agressor, mas continuam pregando que “Você tem que entender que mesmo que ele tenha feito tudo isso, não tem nada a ver com o trabalho dele.”

Gente, se, veja bem, SE, ele de fato é um agressor, como se separa o pessoal do profissional?

Eu não gostaria de trabalhar com alguém que agride a esposa, ou vice e versa, com uma mulher que bate no marido. Acho que é uma falha de caráter muito grande. É um crime aliás. E o que me garante que alguém com tendências violentas não faça disso um hábito? Dá uma sensação de impunidade, algo como não importa o que a pessoa faça, isso não se misturará com qualquer outro aspecto da sua vida.

É só isso mesmo.